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16/09/2021

Suicídio: um grito silenciado

Foto:Internet

Estima-se que a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo.

Estima-se que uma pessoa atenta à própria vida a cada três segundos no mundo.

Estima-se que 13 mil vidas são perdidas por ano em decorrência do suicídio no Brasil. 

Índices como estes, fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), demonstram uma triste e preocupante realidade que permeia a sociedade. O suicídio é um problema de saúde pública mundial que precisa ser debatido de forma qualificada e responsável, a fim de sensibilizar e conscientizar a população. A campanha Setembro Amarelo, iniciada em 2014, visa justamente isso, e tem promovido no decorrer do mês, debates, iluminação especial em monumentos históricos e, principalmente, capacitação às pessoas na identificação precoce dos sintomas. “A importância de falar sobre a ideação suicida, suicídio e sobre a própria campanha do Setembro Amarelo reside na possibilidade de prevenir a ocorrência de novos casos por meio da psicoeducação, orientando amigos e familiares sobre como identificar os sinais, o que se deve ou não fazer para ajudar quem os apresenta e onde procurar ajuda”, explica a professora e coordenadora do curso de Psicologia, Mayara Ribeiro.

O suicídio representa a quarta maior causa de morte de jovens na faixa etária entre 15 a 29 anos, sendo este um evento multifatorial, envolvendo diversas causas relacionadas a psicopatologias: Transtornos Depressivos, Transtorno Bipolar, Transtornos relacionados ao Abuso de Substâncias Tóxicas, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Esquizofrenia, Transtornos de Ansiedade (Fobias e Pânico), Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT); fatores biopsicossociais: cobranças sociais, culpa/remorso, medo, fracasso, bullying, abuso sexual/estupro, violência doméstica, luto, dentre outros; e ainda condições familiares, tais como: padrão familiar disfuncional, inaptidão para lidar com os sentimentos ou expressá-los e histórico de suicídio na família (tentativa ou consumação). 

Dessa forma, é preciso estar atento a todos os sinais e sintomas demonstrados pela pessoa, tratando-os com cautela e seriedade. É importante destacar que o indivíduo que comete suicídio, ou pensa em fazê-lo, não tem o objetivo de dar fim a própria a vida, mas sim a sua dor. “Jamais se deve desprezar ou desvalorizar as colocações de uma pessoa quando esta diz estar pensando em cometer suicídio. Para que a pessoa considere a possibilidade de tirar a própria vida, é preciso estar em grande sofrimento mental e emocional, vendo como única alternativa ou solução para os problemas suicidar-se”, comenta Ribeiro.

Barreiras a detecção e prevenção do suicídio

Diversos são os fatores que impedem a detecção precoce e, consequentemente, a prevenção ao suicídio. O tabu, por razões culturais e morais, a dificuldade em buscar ajuda, a falta de conhecimento e incerteza são algumas das principais causas. Dessa forma, é preciso salientar que indivíduos com ideação suicida apresentam algumas características marcantes que servem de alerta para si mesmo ou alguém próximo. Atente-se a: pensamento/fala recorrente de morte ou desejo de morrer, autoagressões ou automutilações, tentativas prévias de suicídio, plano concreto de como irá fazer, agitação, inquietação, ansiedade, sentimentos acentuados de culpa, inadequação, desesperança, percepção de ser um fardo para outros e autodesvalorização.

É importante destacar também que esse é um problema que afeta tanto homens quanto mulheres. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 12,6 a cada 100 mil homens morrem por suicídio, com taxas mais elevadas em países de alta renda. Em relação às mulheres, são 5,4 para cada 100 mil. Esses dados podem estar relacionados ao fato de que pessoas do sexo masculino são submetidas a um padrão social esperado, precisando demonstrar maiores níveis de força, independência e proteção, o que os impede, muitas vezes, de expressar seus sentimentos e desejos, acarretando em pensamentos depressivos e isolamento social.

Agir salva vidas!

Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) cerca de 50 a 60% das pessoas que morreram por suicídio nunca consultaram um profissional de saúde mental ao longo da vida. Por isso, falar sobre o assunto e levar informação correta à população é muito importante, pois além de romper com estigmas, contribui na procura por ajuda.

O curso de Psicologia da UNIDEAU, por meio da Clínica Escola de Psicologia (CEPsi), oferta diversos serviços à comunidade, dispondo de auxílio no combate aos casos de ideação suicida e outras dificuldades, através do Plantão Psicológico. Esse é um serviço de emergência, gratuito e sem necessidade de agendamento prévio, com atendimento no campus II da unidade de Getúlio Vargas, nas segundas, terças e sextas das 19h30min às 22h e aos sábados das 08h às 12h. 

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