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31/01/2012

Sobre a tal falta de qualificação*

Em rápida consulta ao Dicionário Michaelis online, encontra-se a seguinte descrição sobre a palavra qualificação: “capacidade que habilita uma pessoa para um cargo ou emprego”. Então, o que habilita uma pessoa para exercer uma posição profissional? Sua competência. Por competência podemos entender o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes. Conhecimento é o que se sabe (informações, conteúdos, procedimentos, conceitos). Habilidade vai, além disso, isto é, o que se sabe fazer (capacidade de colocar o conhecimento em prática para gerar resultados). A atitude, por sua vez, é o querer, o querer fazer, que se manifesta através do comportamento.
O conhecimento se adquire através de estudo, de cursos, graduação, pós-graduação, participação em palestras, seminários, enfim. Sabe-se que as pessoas têm cada vez mais melhorado seu nível de escolaridade e participado de eventos com o intuito de aperfeiçoar o conhecimento. Contudo, essas pessoas são qualificadas para o trabalho? Não, necessariamente, porque a qualificação envolve outros atributos já descritos, as habilidades e atitudes. Ou seja, qualificação também envolve características comportamentais. É a esse ponto que se pretende chegar com este artigo.
 O entendimento da palavra qualificação precisa ser ampliado uma vez que é desta questão que os selecionadores falam, muitas vezes, quando referem não encontrar profissionais qualificados. O que está faltando nos candidatos às tantas vagas de emprego disponíveis são características comportamentais como comprometimento, responsabilidade, iniciativa, disposição para o trabalho, disciplina, energia. Qualificação envolve, portanto, muito mais do que formação técnica.

*Ms. Vanessa Rissi
Psicóloga Organizacional- CRP 07/12888
Professora da Faculdade IDEAU

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